22.9.08

Amar é... dar ferramentas para que eles se construam

Uma casa às avessas

Quando eu fiquei grávida, comecei, como todas as mães do mundo, a preparar a casa para o novo ser que crescia dentro de mim. E que fase gostosa! Berço, roupinhas, uma poltrona para amamentar, o bico do peito para amamentar bem depois. Só um detalhe não era, digamos, normal. Escrevi o nome dela na porta do quarto e o de cada objeto. Para você entender, cadeira, mesa, guarda-roupa, berço, ficaram meses identificados.

Ali, no silencio da palavra, sem apontar ou ficar no b com a, BA, os olhinhos da minha pequena Louise foram se acostumando a casar os sons aos símbolos. Resultado, muito cedo começou a identificar, fora de casa, as palavras com as quais estava habituada ou os sons parecidos. Em uma placa de concessionária apontava:

_ Olha, igual a letra de cama...

_ É, mas com aquelas outras letras, a palavra ali é Carro...

Assim, gravei minha menina com menos de 2 anos de idade, já buscando as palavras sozinha. Para mim, isso não seria vantagem se eu tivesse “forçado a barra” com ela, mas ver que manter um ambiente estimulante dava resultados, me incentivou a fazer mais.

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