22.9.08

Amar é... ensiná-los a fazer boas escolhas

Só que à medida que os anos passaram, as opções de diversão aumentaram. Na escola, todo mundo fala do vídeo-game, do High School Music, da PUCA, dos Rebeldes… Tudo bem, vamos ao teatro, ao cinema, mas como colocar o livro como um concorrente a altura numa cultura audiovisual tão forte?

Aos sete anos de idade, Louise passou 6 meses sem televisão. Íamos ao teatro, às livrarias, parques, praia. Assistíamos a filmes no DVD uma vez por semana... Nas outras noites, deitávamos lado a lado na cama, cada uma com seu livro. Ela leu “O menino do dedo verde”, “Bisa Bia Bisa Bel”, “As mil e uma noites”, “O Reizinho mandão”, “O menino que quase morreu afogado no lixo”, “Flor de maio”...

Hoje, a televisão já faz parte da nossa rotina novamente, graças à vovó que não resiste e fez questão de colocar a TV a cabo. Só que agora imprimimos as programações e escolhemos juntas que canal ela vai assistir e qual o melhor programa daquela manhã. Dois desenhos são a cota máxima. E temos opções boas no Futura, na Cultura, na TV Brasil.

O detalhe é: a família precisa viver os desafios junto com as crianças. Não adianta mandar ler e continuar em frente à televisão. Nem adianta alienar e cortar totalmente as outras diversões. O negócio é ensiná-los a fazer boas escolhas, estabelecer limites e apresentar a leitura como diversão e não obrigação. Descobrir os gostos, incitar a curiosidade. Dá muito trabalho, muito mesmo. Muitas vezes a gente acha que não vai dar certo, muitas vezes dormimos cansados no meio das histórias, mas não me esqueço de que nosso amor é proporcional ao tempo que dedicamos e eles sentem isso.

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